Compradores que adquirem uma casa pela primeira vez: cinco erros a evitar

Quando decide comprar o seu primeiro imóvel, pode querer fazê-lo rapidamente. No entanto, é absolutamente necessário evitar certos erros, para não se arrepender mais tarde da sua escolha. Aqui estão os cinco erros mais importantes a evitar.

 

Visitar apenas um imóvel

Quase todos os agentes imobiliários lhe dirão que não deve decidir comprar um imóvel até ter visitado pelo menos três. Recomenda-se que o faça, mesmo que o primeiro tenha todas as características e se enquadre perfeitamente nos seus critérios!

Ter a oportunidade de comparar imóveis significa poder identificar objetivamente os pontos fortes e fracos do seu imóvel "preferido". Isto confirmará a sua escolha ou, pelo contrário, encorajá-lo-á a ser cauteloso (ou até mesmo a mudar de ideias)!

O nosso conselho? Na sua lista de imóveis a visitar, inclua pelo menos um que não considere seriamente como potencial - a sua referência. Isto ajudá-lo-á a desenvolver as suas capacidades de pensamento crítico e/ou a verificar se os seus critérios são suscetíveis de mudar ou não.

Além disso, leve sempre um amigo ou familiar consigo nas suas visitas. A perspetiva de outra pessoa ajuda-o a tomar boas decisões e a detetar o que está ou não está bem num apartamento ou numa casa.

Fazer apenas uma visita antes de efetuar uma proposta de compra

Este é, sem dúvida, o maior erro cometido por muitos compradores que adquirem uma casa pela primeira vez. Deve visitar um imóvel mais do que uma vez:

  • A sua primeira visita deve ajudá-lo a familiarizar-se com o local. Permite-lhe descobrir cada divisão, a organização do imóvel, as suas qualidades e defeitos. A primeira visita deve desencadear, ou não, o desejo de se posicionar como potencial comprador de um apartamento ou de uma casa.

  • A segunda visita deve ser feita a uma hora diferente e num outro dia da semana, de forma a poder ver o imóvel a partir de uma nova perspetiva (ao fim de semana, por exemplo, ou à noite). Durante esta visita, procure as obras que têm de ser feitas, o que não lhe agrada na decoração, na organização do imóvel, etc. Este momento deve também permitir-lhe imaginar-se a viver nesse mesmo imóvel.

  • A terceira visita é mais simples. Consistirá essencialmente em confirmar a sua paixão pelo imóvel. Tenha em conta elementos tais como o consumo energético, os eventuais encargos ou taxas, o potencial do imóvel, o custo das renovações, etc. É também a altura de pensar no aspeto do imóvel com as suas coisas e de imaginar os seus móveis no local. E, já agora, negoceie o preço!

É bom saber

Nem toda a gente é um faz-tudo. Se o imóvel que pretende comprar precisar de algumas obras, certifique-se de que se faz acompanhar por um profissional. Este ajudá-lo-á a calcular o custo das renovações previstas e dir-lhe-á o que pode ou não fazer sozinho.

Não ter em conta o ambiente do imóvel

Um apartamento pode ser perfeito, satisfazer todos os seus critérios, mas ser um verdadeiro inferno em termos de vida quotidiana. Antes de fazer uma proposta de compra, estude o ambiente do imóvel:

  • Quem são os seus vizinhos? Famílias com crianças, idosos, casais, estudantes? A resposta a esta pergunta ajudá-lo-á a determinar se o seu ritmo de vida é compatível com o das pessoas que se encontram no mesmo edifício ou área circundante.

  • Onde estão os transportes públicos e/ou as estradas principais? Um primeiro imóvel é uma habitação que deve ser acessível, tanto para si como para aqueles que o querem visitar.

  • Quais são os principais projetos para a área circundante? Dirija-se à Câmara Municipal para se informar sobre o futuro das ruas que rodeiam o imóvel do seu interesse. O serviço de urbanismo deve poder mostrar-lhe os projetos de construção futuros.

  • Se for esse o caso, qual é a condição do condomínio? É necessário planear grandes obras, tal como uma remodelação dos espaços comuns ou uma recuperação da fachada?

Não pensar no orçamento depois da transação imobiliária

São muitos os custos envolvidos na assinatura da escritura definitiva de compra e venda: despesas com o notário, mudança, compra de mobiliário novo, etc. E depois disso, ainda não acabou, pois a sua nova vida vai gerar despesas diferentes e até adicionais, com o pagamento de condomínio, no caso de um apartamento, por exemplo. Sem falar na necessidade de fazer uma poupança de segurança, que pode ser utilizada caso tenha algum azar (uma máquina de lavar a ser trocada, uma janela a ser substituída, etc.)

Antes mesmo de fazer uma proposta, pegue na sua calculadora e verifique se a compra prevista (e as prestações mensais do empréstimo que a acompanham) o deixa com dinheiro suficiente para viver. Não vai querer olhar para a sua conta bancária todas as manhãs e sentir um nó no estômago.

Não ter em conta o valor de revenda 

Sete anos é, em média, o período de tempo durante o qual um primeiro imóvel é mantido antes de ser revendido. É importante pensar na revenda da sua futura casa, mesmo antes de a possuir! Por isso, coloque a si próprio as seguintes questões:

  • Poderei revendê-lo pelo menos ao mesmo preço?

  • Tem algum defeito que tenha de ser corrigido antes de o voltar a colocar no mercado

  • Pode agradar a muitas pessoas, ou é uma propriedade dita "única"?

Eis um conselho: informe-se sobre a data em que o imóvel que vai comprar foi colocado no mercado imobiliário. Se, por exemplo, esteve sete meses no mercado até encontrar um comprador, considere que vai demorar esse mesmo período de tempo a revendê-lo. É um período de tempo que está disposto a aceitar?

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